sábado, 22 de noviembre de 2008

Sobre pés que andam

Então segui adiante. Era longe onde queria chegar. Mas meus pés caminhavam como que sozinhos. Conduziam-me até o outro horizonte. E mais outro. E mais outro. E os dias se passavam. Uma paisagem seca e agreste. Meus filhos ficaram. Minha mulher parou na cerca feita de galhos e pequenos tocos secos de madeira. Parada, ao longe, me via seguir sem acreditar que haviam tantos horizontes para mim.
Solidão era então meu nome. Retirando de minha vida retirante a poeira dos meus sapatos. A cada pisada uma chance de ser feliz. Nada de chuva, nada de nada.
Atrás do meu mundo, ainda meus filhos, ainda minha mulher. Me esperando até o dia que nunca mais vai chegar.

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