sábado, 22 de noviembre de 2008

Sobre pés que andam

Então segui adiante. Era longe onde queria chegar. Mas meus pés caminhavam como que sozinhos. Conduziam-me até o outro horizonte. E mais outro. E mais outro. E os dias se passavam. Uma paisagem seca e agreste. Meus filhos ficaram. Minha mulher parou na cerca feita de galhos e pequenos tocos secos de madeira. Parada, ao longe, me via seguir sem acreditar que haviam tantos horizontes para mim.
Solidão era então meu nome. Retirando de minha vida retirante a poeira dos meus sapatos. A cada pisada uma chance de ser feliz. Nada de chuva, nada de nada.
Atrás do meu mundo, ainda meus filhos, ainda minha mulher. Me esperando até o dia que nunca mais vai chegar.

sábado, 8 de noviembre de 2008

Sobre o que não está

Sou do tipo que ri. Daquele que chamam de puro, mas sente completamente envolvido pela má fé. Daquele que nunca está só, mas sente é a sobra. Daquele que anda bambo, torto. Daquele que não sabe onde pisa, que não sabe o que quer. Daquele que é feliz, mas sente que a nuvem negra chove na sua cabeça. Eu sou assim. Um por dentro, um por fora, e um que não está.

Sobre uma foto e um "eu te amo"

Olho sua fotografia. Uma jaqueta vinho, um cabelo negro comprido, argolas nas orelhas, olho negro, olhar feliz. Peço você de volta. Peço tanta coisa sua de volta. Seu sorriso. Pode ser o mesmo da foto. Pode ser seu jeito. Pode ser voce. Mas venha. Venha como se a porta estivesse aberta. Pode entrar. A casa é sua. Toda a casa. A gente sabe namorar. A gente sabe tanto de nós. Não lembro até onde fui em você. Pelo curto tempo...mas com o tempo não se marca o amor. Eu não lembro se eu dizia "eu te amo". Mas eu o sentia.

Olhando para trás.

uma menina, uma mulher curzou meu caminho. olhei para trás. era ela. minha. mas nao sabia que era minha. andava rebolando. com a bunda cheia de bunda. e olhou para trás. e sorriu. e me viu. e foi bom.
peço que ela volte. peço para que eu sinta o que senti. um prazer. um simples e emocionante prazer. um tesudo prazer.
olho para atras todos os dias. e sem chance de ver-te, novamente, retorno com a cabeça para baixo. E volto a olhar para trás. Seu sorriso me falta. Sua bunda. Seu olhar. Seu tudo que sei que vi.
O que voce de mim sente falta?
Eu sinto falta de beijar-te, sem sem ter tocado a sua boca.
Eu olho para as vitrines e penso nos presentes que te daria.
Comprei uma calcinha e ando com ela no bolso para lhe dar no dia que lhe encontrar.
Imagino voce nela, imagino ela em voce e isso tudo me deixa louco.
Cheiro a calcinha. Sem seu perfume, sem sua buceta.
Chego no trabalho.
E penso em voce na minha cama. Penso em voce em todos os lugares. Virando sua face e sorrindo para mim.
Na verdade voce me é mais que sexo.
É o pouso da borboleta no meu vaso de flor. Leve, sugando meu mel.
É a nuvem que passa branca pelo céu que eu pinto, amarelo do pôr do sol
Gosto de voce muito assim: Olhando para trás. E sorrindo para mim.